Se a velha Chicago tinha os "gangsters" de Al Capone, Brasília, a nova Chicago, tem os apaniguados de Luiz Inácio Lula da Silva. Eles estão aí desde que o PT assumiu o Planalto em 2002. Começaram a agir tão logo puderam manipular os cordéis do poder .
Nem se diga serem irresponsabilidades fora de controle, como Lula quis fazer crer em 2006, quando criou os "aloprados" para livrar a cara da "cumpanheirada", principalmente Aloízio Mercandante, José Genoíno, e de dirigentes do Banco do Nordeste, origem do dinheiro para financiar a tentativa abortada de chantagem contra o mesmo José Serra, então candidato ao governo paulista. Nem Mercadante nem Genoíno tinham como negar o envolvimento na fraude, alegando ignorância, pois ela nascera no gabinete de Mercadante e envolvera o irmão de Genoíno, José Nobre, deputado estadual no Ceará, cujo assessor Adalberto Vieira foi flagrado com 100 mil dólares nas cuecas.
Não era o primeiro flagrante da intrujice. O próprio escândalo do mensalão estourou porque Zé Dirceu, então chefe da Casa Civil, tentou chantagear o aliado trabalhista Roberto Jefferson, para alijá-lo da sinecura dos Correios onde estava aboletado com a sua trupe, usufruindo o quinhão ganho na divisão do butim.
O tiro saiu pela culatra porque em matéria de esperteza, quando Zé Dirceu recém toma a estrada de ida, Jefferson há muito tempo já está de volta. O mensalão é o maior escândalo de toda a história da República. Se nele não estivessem implicada uma maioria de congressistas, o Brasil teria repetido a impeachment que, por muito menos, alijou Collor da presidência.
Diante da impunidade, a violação à garantia constitucional do direito à privacidade tornou-se praxe de integrantes do Governo, não poupando sequer companheiros e até um humilde caseiro, Francenildo Santos Costa, para desmoralizá-lo como testemunha de que alguns espertalhões se valiam das aventuras galantes do então ministro da Fazenda, Antônio Palocci, para realizar bons negócios. E de dossiê em dossiê, chegamos ao mais degradante nível do banditismo político, a utilização de um estelionatário fichado na Polícia, para invadir o sigilo fiscal de uma filha de José Serra.
É de estarrecer. Se a candidata de Lula já teria, segundo pesquisas de opinião, possibilidade de vencer as eleições ainda no primeiro turno, e ninguém estava contestando esses números, por que golpe tão baixo? Serão verdadeiras estas pesquisas, se nem os seus beneficiários nelas confiam?
Não há respostas para estas perguntas, a não ser a desconfiança de que toda a campanha eleitoral de Dilma Roussef seja uma fraude e sua tática seja passar impingir aos eleitores dos seus antagonistas, o "conto da já-perderam". Cairão eles nesta arapuca?
O Brasil é uma democracia e democraticamente terá de resolver por quanto tempo o será. Serão os eleitores que vão decidir esta questão crucial em 3 de outubro. Se por maioria compactuarem com o vale-tudo dos meios justificando os fins, não terão do que e, pior ainda, nem como se queixar da parcela de sofrimento que lhe será destinada, tal como aconteceu com os alemães no início da década de 1930.
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