Mexia na minha biblioteca, eis-me surpreendido com "Arte da Composição e do Estylo e Historia da Literatura portugueza e brasileira" do Padre Antônio da Cruz.
É a terceira edição do livrinho, de 1935, mas ninguém estranhe a ortografia antiga. O Acordo de 1931, que arquivava a etimologia na escrita das palavras do idioma, fora revogado pela Constituição de 1934. Navegava-se por terra de ninguém, cada um de acordo com suas predileções:
"Escreves pela fonética?"
– Não, sou da etimológica.
Foi assim até 1938, quando o Governo decidiu revogar a revogação, o que mostra que o irrevogável Aloizio Mercadante não inventou nada de novo neste país, apesar de seu chefe, Luiz Ignacio (orthographia ethymologica), achar que nada existiu antes dele neste país.
Mas em tudo isso já vou infringindo as regras do bem escrever, que é o que pretendia ensinar a todos o bom padre Antônio da Cruz, ressaltando que tudo deve ter princípio, meio e fim, porém sem misturar ideias: cada qual deve ficar muito bem comportadinha em cada frase. Como o dinheiro público deve ficar no Erário e o privado, no bolso do dono. Em teoria, é claro. Na prática, estamos cansados de saber, a teoria é outra.
Como já me perdi, misturando as ideias que o livrinho me inspirou, assustado porque Machado de Assis só conseguiu ser Machado de Assis depois dos 40 anos e já estourei o tempo, fico com os conselhos de Winston Churchill, Prêmio Nobel de Literatura de 1953: comece com letra maiúscula, termine com ponto final.
E para quem perguntar o que botar no meio, a resposta é: talento. Não tem livro que ensine.
É parecido
Para turistas em visita para a África do Sul – Copa do Mundo começa dentro de poucos dias – circula pela internet um decálogo de segurança. Nenhuma novidade em relação ao nosso cotidiano, com exceção de um ou outro pormenor:
"1) Os centros das grandes cidades em geral são áreas decadentes; evite-os à noite ou em finais de semana.
2) Não ande pelas ruas falando ao celular; os aparelhos, mesmo os mais simples, são muito cobiçados por ladrões.
3) Não confie só em GPS ou mapas, pois muitas ruas estão trocando os nomes antigos, do tempo do apartheid, por outros adequados aos dias atuais.
4) Não pegue táxis na rua; prefira serviços por telefone.
5) Se for visitar uma favela (no Soweto, por exemplo), esteja acompanhado de um guia.
6) Caixas eletrônicos têm proteção mínima; prefira os de shopping centers.
7) Cuidado com semáforos desligados, algo comum em grandes cidades; além do risco de acidentes, costumam ser pontos de assaltos.
8) Evite pegar lotações; os motoristas em geral dirigem de forma irresponsável.
9) Aja como se estivesse no Rio ou em SP. Não vá a áreas afastadas, aos quais estrangeiros (e muitos locais) normalmente não vão.
10) Esteja alerta aos horários: bares e restaurantes fecham cedo (antes das 23h), e as regiões turísticas esvaziam-se rapidamente.
Árvores da Wizo
A Praça Visconde de Taunay (Ipiranga esquina Princesa Isabel) ganha mais árvores amanhã, às 10 e meia da manhã, por iniciativa da Organização Feminina WIZO do Rio Grande do Sul, em promoção conjunta com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Plantar árvores é tradição judaica para honrar a vida e a solenidade da Praça Visconde de Taunay antecipa a realização da Feira da Fraternidade, marcada para 4 de julho, evento também anual realizad