A situação calamitosa do ensino superior no Brasil está retratada em artigo de Rogério Gentile, publicado ontem na Folha de São Paulo. Menos de dois por cento (76) dos 5459 bacharéis que se candidataram em concurso para preencher as 183 vagas de juiz de Direito no Estado de São Paulo, foram aprovados.
No Rio de Janeiro, o quadro é mais estarrecedor: só três aprovados de 2019 candidatos a 50 vagas.
No Rio Grande do Sul, no último concurso em 2003, dos 4472 candidatos inscritos, apenas 52 foram aprovados. A situação também não é nada animadora.
Estes números apenas escancaram o caos da educação superior no Brasil, onde a qualidade do ensino foi substituída pela quantidade de diplomas. De 1995 para cá, só os cursos de Direito mais que quadruplicaram.
Explica-se, pois, porque faltam juízes e sobram litigantes, delinqüentes e impunidade.
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