segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Os trapalhões - Jayme Copstein

Não fossem os quatro cadáveres que Cesare Battisti ostenta em seu currículo, o episódio da concessão de asilo pelo nosso ministro da Justiça não passaria de ópera bufa. Segundo noticiaram os jornais brasileiros, atribuindo a informação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi o próprio presidente da França, Nicolas Sarkozy quem intercedeu em favor do terrorista italiano.

Como vivemos em uma democracia onde cada um, afora opinião, tem direito à sua própria versão, Tarso Genro, em entrevista ao jornal Zero Hora, revelou que teria sido Carla Bruni, a reluzente mulher de Sarkozi, a autora da intercessão. Logo em seguida, com o encanto pessoal e o senso de oportunidade que lhe são peculiares, o senador Eduardo Suplicy acrescentou ponto ao conto: revelou ao jornal Corriere della Sera ter Carla Bruni se interessado pelo assunto por ser amiga da escritora francesa Fred Vargas, ardorosa defensora de Basttiti na França.

Os “gringos” montaram em um porco e desceram a lenha em Carla Bruni. Ela havia criticado o primeiro-ministro Silvio Berlusconi, dizendo que seu governo fizera com que ela se orgulhasse de ter deixado de ser italiana. Levou o troco do subsecretário de Relações Exteriores da Itália: “Estamos orgulhosos de que ela não seja mais italiana e que a França tenha acolhido uma senhora como ela”.

Pois agora, Carla Bruni, em entrevista à RAI, desmentiu o presidente Lula, o ministro Tarso Genro e o senador Suplicy, dizendo que não vê “como alguém possa pensar que a mulher de um presidente possa falar dessas coisas com o presidente de outra Nação”.

Não se sabe como anda a audiência do Big Brother 9, mas se despencou, não atribuam à crise mundial. É que a concorrência anda feroz...

Nenhum comentário:

Postar um comentário