Fala-se muito das ambições políticas do ministro Nelson Jobim, presidente do Supremo Tribunal Federal. Alguns dizem que ele se prepara para se aposentar da suprema corte e se candidatar à presidência da República pelo PMDB.
Outros falam em atalho. Jobim, de fato, se aposentaria do Supremo Tribunal Federal mas se contentaria, por ora, em ser vice de Lula, em eventual reeleição. Naturalmente, confiando em acordo que lhe daria a presidência da República em 2010.
Que o presidente do Supremo tem-se movimentado nesse sentido, a sua proximidade com o Palácio do Planalto, desde os tempos de Fernando Henrique Cardoso fornecem todos os motivos para as suspeitas.
O grande enigma, entretanto, é como Jobim, enfrentará em eventual campanha eleitoral a acusação de ter barrado a tão ansiada moralização política do país, concedendo mandados de segurança que praticamente livraram já sete deputados da punição merecida e poderão sacramentar a impunidade no escândalo do mensalão.
Haveria fundamentação jurídica para conceder as liminares? Há sérias controvérsias. Uma das contestações é de um jurista de grande acatamento, o professor Miguel Reale Junior, por sinal correligionário de Jobim no PMDB.
Correligionário? Ou ex-correligionário. Ou futuro correligionário?
Afora a promiscuidade da política com a Justiça, também esta situação anfíbia pesará na balança.
sexta-feira, 16 de setembro de 2005
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário