segunda-feira, 19 de setembro de 2005

Museu de horrores - Jayme Copstein

A última piada deste país, que se leva muito a sério, é a intenção de Sebastião Augusto Buani, o homem do mensalinho, de se candidatar a deputado federal. Tal como Karina Somaggio, a ex-secretária de Marcos Valério, que até quis posar nua para a Playboy para financiar a campanha. Sendo pessoa séria, segundo ela própria, não quer entrar em nenhum esquema de mensalão ou coisa que o valha.
Não se consegue compreender porque Buani e muitos outros aventureiros são chamados de empresário pelos jornais. Concessionário de restaurantes da Câmara Federal, lá chegou sabe-se como, e as revelações que ele próprio faz de sua conduta pessoal são estarrecedoras.
Antes de qualquer outra consideração, Buani não denunciou Severino Cavalcanti. Apenas confirmou as revelações do ex-empregado, Izeilton Carvalho, com o qual se desentendeu por questões de dinheiro. Ele não queria denunciar Severino. Izeilton Carvalho diz que é para que não lhe quebrassem o sigilo bancário.
Buani contou à jornalista Marta Salomon, da Folha de São Paulo, como conseguiu seduzir a companheira, uma mulher apetitosa que ostenta em suas aparições públicas. Tentou conquistar outra freqüentadora bonita do restaurante da Câmara, mas ela recusou, alegando estar comprometida. Em troca lhe ofereceu a irmã, a quem, palavras de Buani, assegurou “casa, comida e roupa lavada”.
Não é de se admirar que alguma das muitas legendas que são verdadeiros prostíbulos políticos, aceite a candidatura de Karina,Buani e Jeanne Mary Corner, a agenciadora de encontros que servia Marcos Valério. De admirar é o país ainda admitir esta estrutura política, com partidos de aluguel e voto proporcional, que transforma o parlamento em um museu de horrores.

2 comentários:

  1. Anônimo1:39 AM

    Concluindo "deputado", achar um partido de aluguel, comprar eleitores e eleger-se com dinheiro das malas valerianas é muito fácil. Difícil é para a população, que olha tudo isso e sustenta esse povo da capital federal, aguentar esta situação.
    Jayme, um abraço

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