quarta-feira, 28 de setembro de 2005

Conversa de índio - Jayme Copsteion

Segundo o jornal Zero Hora, o professor Arnaldo Niskier, membro da Academia Brasileira de Letras, rebela-se contra a grafia Erechim, para o nome desse município do Rio Grande do Sul. Enviou até um exemplar do Vocabulário Onomástico da própria instituição, que registra Erexim.
Foi a Academia que definiu o “j” para os sons de ge e “x” para os chiados na ortografia de palavras de origem indígena. É puro artifício. Os índios não tinham nenhum sistema de escrita. Não há base etimológica para estabelecer grafias. De transliterações nem se fala.
Não há como contestar a necessidade de padronizar as coisas do idioma. Mas quando se inventa uma ortografia, há de se respeitar as exceções impostas pela tradição. Foi assim que a Bahia conservou seu amado “h” e Bagé não se afrescalhou , trocando o “g”! pelo “j”.
A Academia pode dizer o que bem entender. Erechim é com “ch. Esta é a tradição. Estamos conversados.

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