quarta-feira, 28 de setembro de 2005

Doença antiga - Jayme Copstein

Mais de 70 de pequenas empresas, consultadas em uma pesquisa, queixaram-se que a nossa burocracia, sustentada a impostos escorchantes, lhes impede o crescimento e a respectiva criação de empregos.
Um dos pesquisados reclamou que são gastos em torno de 152 dias para se legalizar uma firma de pequeno porte no Brasil. As empresas consultadas mantêm, em média, 50 postos de trabalho. Então, se alguém desejar trabalhar, progredir, criar 50 empregos, não consegue fazê-lo legalmente antes de cinco meses e cinco dias, quase meio ano, porque lhe exi-gem 17 procedimentos, em comparação com as modestas seis formalidades dos países desenvolvidos.
A burocracia e seus entraves nasceram ainda ao tempo do colonialismo português, quando Lisboa precisava criar sinecuras rendosas para mandar ao Brasil quem quisesse povoá-lo. E foi aí que se institucionalizou a figura do burocrata, espécie de deus todo-poderoso, de cujos humores depende o anda-mento da vida nacional.
Há forte resistência para resolver os problemas da burocracia porque eles se inserem em uma doença antiga, chamada parasitismo social. Fonte, aliás, da demagogia barata que se mascara de moralismo para esconder a sua própria imoralidade.
Alguém pensou em certos políticos? Acerto em cheio.

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