domingo, 20 de dezembro de 2009

A letra “d” – Jayme Copstein

Parece que a possibilidade de Aécio Neves compor como vice a chapa de José Serra para a presidência da República, não agrada ao PT. Alguém me fala de três grandes riscos para a carreira política de Aécio, se ele aceitar a candidatura. Fiquei surpreendido e admirado pela súbita preocupação com o futuro do atual governador de Minas, partindo de quem partiu, mas segui com atenção o raciocínio: a) Serra perde a eleição, apaga-se politicamente e leva Aécio com ele. b) Serra ganha a eleição, faz um mau governo, apaga-se politicamente, leva Aécio com ele; c) Serra ganha a eleição, faz um bom governo e se reelege, Aécio fica oito anos na "regra três", como Marco Maciel ou José Alencar, e se apaga politicamente.

Mas há uma letra "d" na equação: Serra se elege, faz bom governo, se reelege, continua a fazer bom governo, elege Aécio que também pode se reeleger e o PT fica 16 anos fora do governo. Esse é o problema de Lula. E também do preocupado cidadão – "apolítico", ele faz questão de frisar – com o destino de Aécio

Letra "e"

Contudo há uma letra e) na equação política. Na euforia que cerca os índices de crescimento no Brasil, há nítida confusão entre economia (o todo) e mercado (uma parte), Que temos um mercado de consumo nada desprezível (quase 200 milhões de habitantes) e um mercado financeiro deveras atraente, graças aos juros elevados, provam os copiosos investimentos estrangeiros que mantém a bolsa em efervescência e a moeda norte-americana lá embaixo. Basta que se inverta o binômio para o castelo de cartas desabar. Analistas dizem que crescem as probabilidades de tal acontecer em 2010 ou, no máximo em 2011. Aí, esteja Serra ou Dilma na Presidência da República, vamos todos comer o pão que o diabo amassou.

Salve o Brasil

No supermercado, dois cidadãos decidiram salvar o Brasil e começaram a patriótica tarefa obstruindo a passagem com os seus carrinhos ainda vazios. De que eles queriam salvar o país nem se precisa dizer. Estavam tocados com a mais recente grossa bandalheira, a do governador de Brasília, José Roberto Arruda et caterva, e procuravam a origem do caos. Provavelmente, a salvação da lavoura, digo, da moralidade pública, deveria começar por eles próprios, livrando o caminho que obstruíam com seus carrinhos e devolvendo às demais pessoas o usurpado direito de ir e vir pelos corredores do supermercado. Mas, como todos estamos carecas de saber, quem se propõe a salvar o Brasil tem direitos especiais, reconhecidos e generosamente gratificados pelas empreiteiras, que, por sua vez, são retribuídas com o superfaturamnento das obras. É uma atividade muito rendosa que pode começar pelo atravancamento dos corredores do supermercado quando a gente se inicia na arte de salvar o Brasil..

Mural

William Campos, sobre o Jogo do Tempo (coluna de 15/12) escreve: "Muitas perguntas surgem com a volta de Fernando Collor à vida pública, como por exemplo: será que ele vai concorrer a Presidente da República nas eleições de 2014? Será que em 2014, por coincidência ou por força do destino, teremos novamente uma eleição em que Collor e Lula se enfrentarão novamente?"

Vai acontecer

Amanhã, terça-feira, às 6 da tarde, na Rua da República, 30 (quase esquina da João Pessoa) o jornalista José Luiz Prévidi lança "Farofa com Pimentão - Histórias de Praia".

  "Revisão do Plano Diretor" é o tema do vereador Sebastião Melo, presidente da Câmara Municipal, amanhã de manhã, 8h30min, no Bom Dia da Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul.