A leitora Fernanda Souza reclama: "Como diz o inteligentíssimo Mino Carta, a 'mídia nativa' vai aproveitar para criticar o que o presidente Lula disse em um momento de entusiasmo, sentindo-se à vontade entre seus pares. Eu lhe pergunto: o que é o pior, o nosso presidente, um homem do povo, que no auge do entusiasmo disse um palavrão – sendo que há bem piores – ou o senhor 'príncipe dos sociólogos' que vai aos Estados Unidos dar palestras falando mal do Brasil e do seu presidente (ó, que dor de cotovelo!). O 'cara', como o senhor diz – e porque não e com muita honra – tem sido elogiado no mundo inteiro, tem sentado ao lado de reis e sido homenageado e respeitado por estes, o que, aliás, é merecido pelo muito que tem feito pelo povo brasileiro."
Comentário: A mídia nativa, data vênia do "inteligentíssimo Mino Carta", com o Governo sem desmentir, apenas justificando que o "aumento no crédito para o consumo foi um fator importante para tirar o país da recessão da virada do ano", informa: "Em cinco anos, o número de brasileiros com dívidas acima de R$ 5.000 passou de 10 milhões para 21 milhões, segundo o Banco Central. Eles obtiveram empréstimos que, somados, chegam a R$ 430 milhões. Esse valor equivale a 70% do total de crédito concedido pelo sistema financeiro para as famílias do país. O total da dívida dos brasileiros cresceu mais do que a renda dos trabalhadores. Segundo especialistas, é um cenário de risco e deve levar a aumento nos calotes em 2010 dependendo do crescimento da economia".
Mural
Leitor H. C. interpreta: "Dá para considerar que Lula falou propositadamente 'm*rda' ou, ele planejou com assessores onde iria falar, em que ocasião e diante de qual plateia. Falou tal e qual foi pensado, além, claro, da observação onde 'recrimina a mídia' – tudo combinado.
Mas por que Lula agiria assim? Tem a ver com os dois artigos do Cézar Benjamin sobre Lula ter falado que pretendera estuprar um garoto na cela enquanto esteve num cárcere durante o Regime Militar. Agora, Lula fala palavrões para passar a ideia de que é avoadão, que fala de modo exagerado, que diz coisas que não deveria, mas se arrepende, que tem vezes que ele se exibe, mas é só coisa de suas fantasias, do momento. Daí, pretender remendar, dando a entender que a conversa diante de Cézar Benjamin deve receber a mesma interpretação, é só da boca para fora. pura falação além da conta, erro tolo, invencionice barata."
Prêmio ARI
Logo mais, às 7 da noite, no Auditório Dante Barone da Assembléia Legislativa do Estado, a Associação Riograndense de Imprensa proclama os agraciados e lhes entrega os troféus correspondentes ao tradicional Prêmio ARI de Jornalismo, em sua 51ª realização anual. Patrocinado pelo Banrisul, o Prêmio ARI não é propriamente uma competição com vencedores e vencidos, mas festa de confraternização em que os profissionais do jornalismo impresso ou eletrônico exibem os frutos do seu labor e comissões escolhem qual trabalho representou a melhor contribuição à sociedade em determinado momento. Não é tarefa fácil, a das comissões, se considerarmos que é por demais tênue a linha divisória entre o fato e o boato e que a vida, transcorrendo hoje com estonteante velocidade, logo transforma a notícia em história.
Depois da cerimônia de entrega – Rumo aos bares! – como conclamava o Antônio Firmo Gonzalez, antigo presidente da ARI. Sábias palavras.