sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Na língua de Lula – Jayme Copstein

Pois Sua Excelência, Senhor Luiz Inácio Lula da Silva, o ínclito Presidente da República do Brasil pela graça de São José Sarney, Beato Renan Calheiros e Apóstolo Michel Temer, acolitados pelos coroinhas Jáder Barbalho e José Dirceu, e de acordo com os cânones da Sexta Constituição Republicana que esta prolífica democracia já produziu, repetiu ontem em São Luiz, inspirado provavelmente pelo aroma local, a palavra com que Cambrone, general de Napoleão, respondeu ao ultimato inglês para se render na Batalha de Waterloo: "Merda!"

O "Cara" é manchete, hoje, em todos os jornais do mundo. Seu atual amigo e aliado, Fernando Collor de Mello, quando presidente, tinha uma equipe para fabricar as frases que mantinham sua imagem de super-homem. Mais autossuficiente, Lula, ao proclamar que não se precisa falar inglês para ser presidente da República, ao ser empossado em 2003, foi honesto: só ia falar do que sabe. E ontem, em São Luiz, falou de cátedra.

A única dúvida que resta, após quase oito anos no Poder, depois de reduzir a pobreza como nunca neste país, de implantar saneamento básico como nunca neste país, de construir casas populares como nunca neste país, etc. etc. etc. o Presidente da República, diz que quer "tirar o povo na merda em que ele se encontra". Mas ele já não tinha feito este povo feliz para sempre, como nunca na história deste país? Não dá para entender.