sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Moralidade à brasileira – Neide La Savia

Nestes tristes episódios de corrupção o que mais causa indignação é que tudo corre camufladamente como se fosse normal, e só aparece quando delatado pelos próprios corruptos ou corruptores quando se sentem prejudicados na partilha do butim. Assim tem sido sempre desde o episódio Fernando x Pedro Collor e sucessivamente nos demais, até hoje quando o secretário Durval Barbosa filmou o governador José Roberto Arruda.
É triste ver que, se não é por ação de delação ou da imprensa investigativa, nada se descobriria, apesar de termos vários órgãos oficiais de controle, e muito bem pagos por sinal, e de termos todo tipo de polícia, civil ou militar, municipal, estadual e federal. Mas nenhuma sabe de nada. Exceção eventual à Polícia Federal, mas quase sempre com mandados e implicações políticas para denegrir ou prejudicar algum grupo ou partido contrário ao governo.
Assim parece que o dito Estado Brasileiro é uma entidade de associados que visa o bem-estar e o poder de mando somente para os seus, e a nação propriamente dita não passa de coadjuvante a serviço do grupo de beneficiários. Seria como uma máfia estatal.
É triste, vergonhoso, cruel, e um prato cheio para instalação de regimes de exceção, seja da extrema direita ou da extrema esquerda. Aliás nossos comunistinhas estão à espreita e de unhas de fora, esperando o momento para se adonarem do poder, nem que seja usando os métodos ditos democráticos, por via do voto. Tenho para mim que sonham com uma grande Cuba para o Brasil. Já temos até um simulacro de Lênin e sua filha, nossa Rosa de Luxemburgo.

Vendo assim parece que Democracia Republicana Presidencialista não se aplica bem ao Brasil, e nem a vivemos de fato. Talvez fosse melhor se D. Pedro II não tivesse sido expulso, e tivéssemos uma monarquia parlamentarista, que vai muitíssimo bem na Europa. Parece que Presidencialismo só deu certo nos Estados Unidos da América.