Enfim, a aritmética singela do dois-mais-dois-quatro, conhecida como a do bom-senso, volta às contas do Poder Judiciário gaúcho, na visão do novo presidente do Tribunal de Justiça do Estado, desembargador Marco Antô-nio Barbosa Leal. “Não adianta termos direito quando não há dinheiro para satisfazê-lo”, declarou à imprensa, ensinando o be-a-bá do equilíbrio que deve nortear a conduta de um homem público.
Magistrado de carreira, Marco Antônio Barbosa Leal é bacharel graduado por um celeiro de grandes juristas, a Faculdade de Direito de Pelotas, em cuja tradição o saber se casa ao destemor para desafiar mitos tingidos de verdade.
“No Brasil, hoje, com esse discurso idiota e cretino, mais vale ser parente de Fernandinho Beira-Mar do que familiar de magistrado”. Este é o retrato preciso, de corpo inteiro, que ele traça do Brasil de hoje, ao analisar a caça às bruxas em que se transformou a campanha de moralização do Judiciário na questão do nepotismo.
Tem razão o novo presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Mais grave é o nepotismo político, que organiza gangues para assaltar o poder e cevar-se à farta com os dinheiros da educação, da saúde e da segurança.
terça-feira, 20 de dezembro de 2005
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