O que vai acontecer ao mandato do senador Jarbas Vasconcellos, depois da sua entrevista à Veja desta semana, é uma incógnita. Ele mostrou ao Brasil a cara que o Brasil tem, refletida no espelho chamado Congresso Nacional. Ou acaso alguém acha que aqueles senadores e deputados são ETs caídos de Marte, com ética e costumes absolutamente alienígenas?
O que torna ainda mais indecifrável a resposta é o silêncio de José Sarney e Renan Calheiros – havia o anúncio de entrevista coletiva de Roseana Sarney no correr do dia de ontem para defender papai – mas as coisas não ficarão por aí.
Entre os hábitos dos coronelões do Norte e do Nordeste, dos quais Sarney e Calheiros são versões apenas atualizadas, quando o antagonista não respondesse de pronto a afronta, estava o de não sair de casa, à noite, para matar alguma cascavel que subitamente tilintasse o guizo no fundo do quintal. Era, na certa, tiro nas costas, desferido por um jagunço acoitado.
Já não se fazem essas coisas hoje – pelo menos daquela maneira – mas Jarbas Vasconcellos não perde por esperar. Desde quando neste país, a honestidade e a coragem de dizer a verdade ficaram impunes?
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
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