Quatro professores de Direito Constitucional – Angola, Brasil, Guiné-Bissau e Portugal, respectivamente, em ordem alfabética para não ferir suscetibilidades – publicaram artigo na Folha de São Paulo, revelando virtudes insuspeitadas na recente reforma ortográfica da língua portuguesa.
Segundo os mestres, Camões, Machado e Luandino estão imunes à nova ortografia, mas as Constituições, não – terão de ser "’recompostas’ em nova ortografia portuguesa, adaptando-se às normas legais que, em cada país, incorporaram o acordo comum”.
Enfim, a luz no fim do túnel – e nós, há séculos, sem perceber algo tão simples como resolver todos os problemas constitucionais fazendo reformas ortográficas.
Os mestres descobriram algum mau comportamento do Padre Vieira, Alexandre Herculano, Castilhos, Camilo Castello Branco para excluí-los do rol dos intocáveis, mas foram peremptórios: “(...) a supremacia da Constituição, ‘cantada em verso e prosa’, se curvará às determinações de uma lei quanto à sua própria grafia”.
Perguntado a respeito, o professor Enro Loll, reconhecida autoridade mundial em questões lingüístico-constitucionais, opinou que se trata de uma questão de “assentos”.
– Não serão “acentos?” – perguntou-se ao professor.
– Não – retrucou o professor Enro Loll – É assento mesmo, de acordo com o vínculo por mim descoberto entre o fundilho das cuecas e o cós das calças,
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
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