Futebol não faz muito o meu gênero. Alijado o Brasil pela Holanda, não teria maior interesse na Copa do Mundo da África do Sul não fosse o “marketing” de que vinha precedida a Fúria, a seleção da Espanha, proclamada campeã com antecedência pelos cultores do futebol “bonito, alegre e espiritual”, como disse um desses gurus da televisão.
Terminada a Copa, com tantas as louvaminhas, fico desconfiado de algum defeito no meu televisor que se recusou terminantemente a me mostrar o esplendor da Fúria.
Assisti à Espanha perder de 1 a 0 para a Suíça, “golear” de abundantes 2 a 0 a lendária seleção de Honduras, aplicar mais três “memoráveis surras” de 1 a 0 no Paraguai, em Portugal e na Alemanha, e sagrar-se campeã contra a Holanda, com um gol nascido depois de um escanteio que o juiz não viu e de um impedimento que o bandeirinha não deu.
Tenham paciência, mas isto está mais para faniquito que fúria.
Copa 2014
Por falar em futebol, Carlos Brickmann escreveu, sobre a Copa 2014:
“Já há reclamações supostamente nacionalistas contra as exigências da Fifa para a Copa de 14. Jérôme Valcke, o cartola que não é exatamente um diplomata, disse que é preciso construir estádios, estradas, aeroportos, ampliar muito o sistema de telecomunicações e verificar se há hotéis suficientes.
O presidente Lula se irritou: ‘Se o Brasil não tiver condições, garanto que volto da África a nado’. O cartolão da Fifa pode ser grosso, mas o que se discute não é etiqueta: o que é preciso saber é se tem razão, não se Lula sabe nadar. E o fato é que tem. É preciso construir e reformar estádios, estradas, aeroportos, melhorar telecomunicações, tudo isso. E até agora nem se sabe onde será a abertura da Copa de 2014”.
Nepotismo em Israel
Em Israel, nepotismo vai mais além dos parentes até 2º grau e inclui até quem não é da família. O jornal Haaretz noticia que Tzachi Haneghi, deputado no Knesset, acaba de perder o mandato no processo a que respondia por nepotismo.
Haneghi não nomeou parentes para o Ministério do Meio Ambiente que ocupou em determinado momento como membro do Likud, mas incluiu 50 “companheiros” na folha de pagamento, desafiando a proibição de novas nomeações no quadro de 500 funcionários. Desta acusação foi absolvido por dois dos três juízes que o julgaram, mas o fato de ter mentido ao depor, valeu-lhe a punição por perjúrio.
Nahum Sirotsky, que é correspondente de Zero Hora e do Portal IG no Oriente Médio, foi quem me chamou a atenção para a notícia do Haaretz. Falamos pelo Skype e ele me disse que o episódio põe em risco a estabilidade do Gabinete de Benjamin Netanyahu. Haneghi, apesar de ter trocado o Likud pelo Kadima, era amigo próximo do Primeiro-Ministro. Parecia ter boas possibilidades nos esforços para convencer sua líder, a ex-Chanceler Tzipi Livni, à integrar coalizão governista. Agora, tais possibilidades se tornaram remotas.
Ditos e achados
Frase que anda rolando pela Internet: “O PT e o PMDB não tem amigos nem aliados – são apenas sócios em rendosas empreitadas.”
quarta-feira, 14 de julho de 2010
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