Estamos começando mais uma campanha eleitoral. Desde já nota-se que não há nem o entusiasmo nem a repercussão das vezes anteriores. É como se fosse jornal de ontem, filme repetido mil vezes na tevê,
A apatia será atribuída a muitas causas , mas, como sempre, ninguém querendo ver o sistema eleitoral do voto proporcional, perversão que frauda a vontade do eleitor, a esgotar a paciência de todos. O cidadão sabe em que desejou votar, mas ignora em quem votou realmente e acabou elegendo.
O próprio candidato nem sabe quem é seu eleitor. Ignora a quem representa. Logo, não tem compromissos com quem quer que seja.
Resulta da distorção o que no Brasil é apelidado de democracia representativa. De democracia e de representatividade, nada tem. É uma ficção. Eleitores e candidatos se encontram a cada quatro anos, o eleitor passa um cheque em branco a um partido que o usa a seu bel-prazer, favorecendo apaniguados da oligarquia confortavelmente instalada em sua direção.
Onde está a democracia? Onde está a representatividade neste ritual que elege pequenos ditadores com mandato fixo de quatro anos, sem obrigação de prestar contas a quem quer que seja?
Está na hora de mudar para o voto distrital puro. O País, o Estado, os Municípios são divididos em distritos, onde os candidatos só disputam os votos dos eleitores daquele distrito e só daquele distrito. Onde terão de defender um programa que, se não for cumprido, pode lhes custar o mandato, no processo de retomada. Onde, também, a cada momento podendo ser chamados para explicar porque fizeram ou deixaram de fazer.
Como os candidatos só precisam dos votos de um só distrito, o custo da campanha se reduz drasticamente. O que os torna independentes de doações e reduzem a possibilidade de que se corrompam.
Das duas uma: ou reformamos o exaurido e pervertido sistema eleitoral do voto proporcional ou daqui a algum tempo teremos de mandar a Polícia para obrigar o brasileiro a se interessar pelas eleições e dar caráter legal a esta farsa a que chamamos de democracia representativa..
Batalha da Inglaterra
A Copa do Mundo obscureceu a efeméride redonda de 70 anos de vários acontecimentos cruciais da Segunda Guerra Mundial, como a epopeia da Retirada de Dunquerque e a tragédia da Rendição da França.
Pois este dia 9 de julho, também de 1940, marca o início de outra epopeia, a chamada Batalha da Inglaterra, quando a Alemanha Nazista submeteu as cidades britânicas a bombardeio aéreo maciço, não poupando áreas civis, com o pretexto de destruir o moral da população e levá-la a exigir do governo que se rendesse.
Os nazistas tinham o dobro de aviões de combate e contavam com isso para eliminar a resistência dos ingleses. Surpreendeu-os a bravura e o heroísmo retratados por Winston Churchill na frase: "Nunca tantos deveram a tão poucos". Ajudados pelo radar, tecnologia que só eles conheciam na época, os ingleses puderam identificar o local preciso onde podiam dispor com vantagem seu poucos aviões contra os muitos dos alemães.
Quando a Batalha da Inglaterra terminou em novembro daquele mesmo ano, as perdas da Luftwaffe, a Força Aérea Alemã, tinham sido tão graves, que não puderam mais ser refeitas totalmente e colocaram Hitler em desvantagem, a partir de então, no curso da II Guerra Mundial.
No documentário "Battlefield", uma frase resume a vitória britânica: "A Inglaterra venceu simplesmente por permanecer viva". Isto porque apesar de toda a superioridade da Luftwave, as decisões de seu líder maior, Hitler, acabaram por reverter uma situação que estava fadada à derrota dos britânicos. Em resposta a um bombardeio acidental à cidade de Londres, os ingleses bombardeiam Berlin o que faz com que Hitler mande todos os bombardeiros e caças da Luftwafe bombardear Londres diuturnamente. Assim, todos os campos de aviação britânicos são poupados, seus pilotos enfim podem descançar, sem falar que ficou fácil estabelecer uma estratégia de defesa uma vez que todo avião alemão segue para Londres. Dowding, responsável pela defesa aérea britânica declarou ser esta "a maior besteira" cometida pelos alemães.
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