quinta-feira, 6 de abril de 2006

A arma do eleitor - Jayme Copstein

Quem recebe freqüenta este blog não têm motivo para se surpreender com a impunidade de mais um réu confesso do mensalão, o deputado João Paulo Cunha. Desde dezembro, este espaço denuncia-se aqui o acordo para livrar os implicados da punição (“No Reino do Mensalão” – 21/12/2005 – e “Quorum dos canalhas” – 22/12/2005).
Mais ainda: o acordo prevê, ainda, anistia aos poucos cassados, em projeto que não se tem certeza, se neste ano ou no próximo, será apresentado à Câmara sem nenhum escrúpulo, palavra que se evaporou do dicionário parlamentar brasileiro.
O eleitor reage aos escândalos da pior maneira. Há uma besteira correndo com ares de inteligência pela Internet, pregando o voto nulo ou em branco, para invalidar as próximas eleições. O autor ou autores do “não brinco mais”, querem parar o país. Com que utilidade? Ninguém sabe.
Inteligente seria convocar os eleitores para não votar em legendas envolvidas no mensalão. Não é difícil identificá-las. É só pegar a lista dos implicados e cobrar a conta dos respectivos partidos.
Não vale alegar-se que inocentes pagarão por pecadores. Todos conhecemos o provérbio: Dize-me com quem andas, eu te direi quem és. Quem aceita conviver com corrupto, corrupto também é.

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