terça-feira, 25 de abril de 2006

Nas mãos do eleitor - Jayme Copstein

Se os eleitores indignados, em lugar de brincar de “não brinco mais”, de pregar voto branco ou nulo voto, de substituir “esses que estão aí” por aqueles “que não estão nem aí”, desejarem fazer algo concreto contra a indecência que assola o país, podem começar prestando atenção.
Há um projeto do deputado Gonzaga Patriota, do Partido Socialista Brasileiro de Pernambuco, que manda efetivar, sem concurso, funcionário público exercendo provisoriamente cargo com vencimentos superiores.
Na prática, o projeto consagra, em primeiro lugar, a safadeza nacional, batizada de jeitinho: os espertalhões, que fizeram concursos para porteiro, faxineiro, ascensorista e tiraram o trabalho de pessoas menos qualificadas, serão efetivados como advogados, médicos, dentistas e o que mais for, desde que tenham conseguido, manipulando os velhos cordéis da politiquice, exercer cargos de remuneração superior nos últimos três anos.
Em segundo lugar, a maracutaia – que saudades dos tempos em que isso significava a bandalheira dos outros – aprofunda a apropriação do Estado pelo PT, o Partido dos Trabalhadores pois significa a efetivação de muitos dos 37. 500 correligionários em cargos criados pelo governo Lula com esse claro objetivo.
O que o eleitor, com facilidade, em cada cidade e em cada Estado, cobrar dos lideres desses dois partidos, o Partido Socialista Brasileiro e o Partido Popular a responsabilidade pela indecência. Adianta mais que palhaçadas, com narizes vermelhos de matéria plástica.