O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito com mais de 60% dos votos. Mesmo não sendo a unanimidade, é votação expressiva diante das denúncias de desmazelo e corrupção que marcaram seu governo. Só tem um significado: o povo brasileiro o absolveu.
História não se faz com condicionais. Mas, vale perguntar: o que aconteceria a Fernando Collor de Mello, se em vez de enfrentar um congresso hostil, tivesse podido pregar diretamente ao eleitor as excelências do seu governo. Que também existiram. Por sinal, nunca foram revogadas.
A resposta não é difícil. Collor está de volta à cena política, como senador por Alagoas, onde tem tevê, rádio e jornal para fazer a pregação. Até se diz que será um dos líderes de Lula no Congresso.
Em nenhum dos dois casos se pode contestar a lisura da votação e a legitimidade dos dois novos mandatos. Vale, porém, a reflexão: o eleitor se queixa da corrupção, mas acaba de sacramentá-la. Se o faz porque cansou de esperar pela Justiça ou se nunca teve a ética como virtude, é a dúvida que resta esclarecer.
segunda-feira, 30 de outubro de 2006
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"Vale, porém, a reflexão: o eleitor se queixa da corrupção, mas acaba de sacramentá-la. Se o faz porque cansou de esperar pela Justiça ou se nunca teve a ética como virtude, é a dúvida que resta esclarecer."
ResponderExcluirPois é Jaime, talvez o eleitor não tenha a ética como virtude, da mesma forma que alguns jornalistas.
ELEITOR [b]1[/b] x [b]1[/b] IMPRENSA MARROM
Cabe ao eleitor ficar atento às tentativas de terceiro tempo neste jogo.