quinta-feira, 26 de outubro de 2006

O conto do seguro - Jayme Copstein

Há muito tempo que a Susep, a Superintendência dos Seguros Privados está a merecer uma investigação profunda que revele, no mínimo, sua omissão diante do banditismo acampado no setor.
O dia em que alguém abrir os subterrâneos desse verdadeiro submundo, a Nação ficará bestificada com a imundície que vai jorrar. Não se necessita falar do dinheiro de órfãos e viúvas que as seguradoras retinham para jogar no mercado financeiro, naqueles tempos sórdidos do governo de José Sarney.
Contudo, se naquela ocasião, as seguradoras furtavam de mulheres e crianças, agora querem completar o serviço. Nova falta extorsão está sendo praticada por uma grande empresa, contra os velhos que contrataram seguro de vida. Com uma interpretação maliciosa da própria Susep, equiparando seguro que é previdência, com negócios geridos pelo Código Civil, a empresa está aumentando o prêmio e diminuindo o valor da indenização por morte.
Em qualquer país onde a lei tenha primazia, com toda a certeza alguém já teria dado com os costados na cadeia. No Brasil, onde prevalece a mais absoluta impunidade, os idosos, vítimas desta falcatrua, são obrigados a entrar na Justiça.
Aos malfeitores e seus cúmplices nada vai acontecer.

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