A verborréia desatada pelo resultado das eleições, que desmoralizou os profetas de plantão, está pondo em segundo plano a absoluta incapacidade do governo de lidar com um acidente aéreo, que apesar das proporções, tem normas para não aprofundar o sofrimentoi dos familiares da vítimas nem inquietar a opinião pública.
Diga-se de passagem: a Gol, à qual pertence o avião sinistrado, agiu exemplarmente. Mas tanto o presidente da Agência Nacional da Aviação Civil, a Anac, como seus lugares-tenentes mostraram-se simplesmente despreparados para lidar com emergências, que apesar de raras, são previstas e devem ser planejadas.
O que se vê são parentes das vítimas tendo de se valer da imprensa para saber o que está ocorrendo e poder tomar as providências de todos sabidas nessas situações de dor. Pior, ainda, é a própria imprensa e a opinião pública completamente confusas sobre o que aconteceu e que o governo parece ter interesse em esconder, sabe-se lá porque razões.
Afinal de contas, houve ou não houve a colisão entre os dois aviões? Se há um serviço de proteção ao vôo, a rota do jato particular era conhecida ou há algo mais aí que não deva ser conhecido?
São meras especulações. Mas nascem da incompetência do próprio governo de lidar com uma situação indesejável, mas perfeitamente previsível.
segunda-feira, 2 de outubro de 2006
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