quarta-feira, 14 de outubro de 2009

A hora do adeus – Jayme Copstein

Está chegando ao Brasil o Kindle, chamado impropriamente de livro eletrônico, quando na verdade é, tal como o papel, é apenas um meio físico para registrar informações. Parece estar sendo esquecido, no debate a respeito, que livro, jornal, revista são conceitos diferentes, daí sua formatação diversa, apesar de todos serem registrados em papel com tinta de impressão, para serem lidos da mesma maneira.

O grande problema que se coloca não é o leitor. Este, depois de conhecer a nova tecnologia, há de agradecer ao papel pelos relevantes serviços prestados à civilização durante muitos séculos, porém vai lhe dizer adeus porque é chegada a hora, assim como o foi do papiro e do pergaminho. O grande problema é fazer sem traumas a transformação da indústria editorial que consome milhões de toneladas de matéria-prima e geral centena de milhares de postos de trabalho em cada país.

Mais recentemente, mesmo não tendo, ainda, se descartado definitivamente do papel, as empresas jornalísticas enfrentaram o problema, quando eliminaram linotipia, fotogravura, revisão, montagem e estereotipia, substituídos pelos programas de computador. Com exceção dos revisores, de mais fácil reinserção no mercado de trabalho, os demais eram profissionais cujo treinamento e especialização não serviam para mais nada. Se aí a transição já foi sofrida, imagine-se agora todo o aparato de distribuição e comercialização, tal como existe hoje, cedendo seu lugar a sistemas de baixamento de textos e vendas on line.

Com toda a certeza, não vai acontecer amanhã, ninguém precisa se apressar. Mas, com toda a certeza, também, vai acontecer depois de depois de amanhã. Então, é com começar a planejar.

Atentado à Constituição

Em flagrante atentado aos dispositivos constitucionais que asseguram a liberdade de pensamento e de informação, a Justiça de Brasília restabeleceu a censura, ao manter a probição ao jornal O Estado de São Paulo, de publicar notícias sobre a Operação Boi Barrica, na qual é investigado Fernando Sarney, um dos amados pimpolhos de Zé Sarney. No tempo da ditadura militar, podia-se dizer que meteram o boi na barrica. Será que agora não dá processo por danos morais? Por danos imorais ao patrimônio público, a gente já sabe que não dá.

Começo do fim

O Tribunal Federal Regional do Rio Grande do Sul revogou a decisão de primeira instância que tornara indisponíveis os bens do deputado Luiz Fernando Záchia. Decisão unânime da Quarta Turma por não haver nenhum indício da participação de Zachial no caso do Detran.  Começa a ser desmontado o circo montado a partir dos ressentimentos do vice-governador Paulo Feijó, aproveitado com muita cvompetência pela oposição ao governo de Yeda Crusius.

Quarto Escuro

Maria Monteiro Panerai autografa "Quarto Escuro" hoje, às 6 da tarde, no Café Prawer, 2º andar do Bourbon Ipiranga.

É mais uma floração do seu talento, sacramentado pelos anos de sucesso no rádio e em livros anteriores.

Sinduscon-RS

Encerrando gestão na presidência do Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Estado, em evento coordenado pela Todt Comunicação o engenheiro Carlos Alberto Aita reúne-se com jornalistas, hoje, às 7 da noite. É para conversar sobre a atuação da entidade, as perspectivas da construção civil em relação a programas do Governo Federal, com ênfase para as obras necessárias à Copa de 2014 e à Olimpíada de 2016. Aita apresentará também seu sucessor, engenheiro Paulo Vanzetto Garcia, diretor da GC, posse marcada para segunda-feira, dia 19.