Nunca é demais repetir: a impunidade libertina que hoje protege todo o tipo de delinqüente e acossa brasileiros decentes, nasceu no regime militar, para livrar da cadeia um sádico assassino, o policial Sérgio Fleury, que torturava e matava contestadores do regime. A ditadura que prendia pessoas sem nenhuma acusação formal, que não tinha horas para invadir lares sem mandado judicial, de repente ficou pressurosa em garantir direitos individuais de beleguins que lhe prestavam serviços.
Mais tarde, acobertados pelo bom mocismo debilóide de alguns messiânicos, os rábulas de porta de cadeia introduziram na Lei das Execuções Criminais alguns alçapões para garantir impunidade a todo e qualquer delinqüente que possa pagar por isso, em contrapartida condenando o povo honesto deste país à prisão perpétua em suas casas e também à morte, em qualquer esquina, nas mãos de um latrocida foragido das prisões ou então gozando das delícias do regime semi-aberto.
A população tentou se defender pacificamente, reunindo mais de um milhão de assinaturas para criar a legislação dos crimes hediondos, derrubada recentemente por decisão do STF.
O que acontecerá se as pessoas tomarem a pior decisão de fazer justiça pelas próprias mãos, que é o último estágio do caos? Nada, se elas tiverem dinheiro para pagar um bom rábula de porta de cadeia.
O que vale para uns deve valer para todos. Ou não?
sexta-feira, 17 de março de 2006
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