segunda-feira, 13 de março de 2006

Nossos jeitinhos - Jayme Copstein

O jeitinho brasileiro, que todos proclamamos como glória da pátria amada, salve, salve, é apenas a máscara que para esconder a promiscuidade entre quem deve zelar pela moralidade pública e os corruptos que infestam a Nação.
Um professor da Fundação Getúlio Vargas, Edilberto Carlos Pontes Limas, em tese defendida ano passado na Universidade de Brasília, mostrando que o código dos rábulas de porta de cadeia somado à generosa compreensão de tribunais de contas, que contam entre seus ministros, com ex-políticos em busca de aposentadorias confortáveis, abrem as brechas do descumprimento da lei.
Exemplo pinçado pela revista Exame, diz respeito à proibição da Lei de Responsabilidade Fiscal, de se criarem despesas sem o aumento da receita. Só que, interpretando o crescimento do PIB, que não é receita, como fonte de recursos, os Tribunais de Contas fecharam os olhos à malandragem.
Então, realmente, não há como punir os gatunos dos dinheiros públicos. Haja impostos para sustentar toda essa parasitalha.