sexta-feira, 15 de setembro de 2006

O dito e o não-dito - Jayme Copstein

Abraham Lincoln, presidente norte-americano, dizia que “pode-se enganar todo mundo por algum tempo, e algumas pessoas, durante o tempo todo, mas não se pode enganar todo mundo por todo o tempo”.
Se o eleitor tiver em mente as palavras de Lincoln, não terá dificuldades maiores em desatar o nó de certas polêmicas. Todos trazem consigo um passado, no qual se deve procurar uma única certeza: a das coisas que alguém jamais será capaz de fazer.
Todo o resto é acessório. Pouco importa, na verborragia desatada, a mirabolância dos delírios ou as indignações da hipocrisia. O comportamento pessoal é um padrão repetitivo. Quem fez, sempre fará. Mais importante é aquilo que nunca fez, que nunca foi capaz de fazer.
É só olhar com atenção para se descobrir, em promessas de candidatos carimbados, que nunca farão aquilo que falam. E jamais deixarão de fazer aquilo de que não falam.

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