Chama a atenção neste escândalo do dossiê, a atuação do próprio ministro da Justiça. Desde o princípio, Márcio Thomaz Bastos manobra inequivocamente para abafar o caso.
Não bastasse a determinação de impedir a publicação das imagens do dinheiro apreendido, para “evitar exploração eleitoral”, segundo a esdrúxula explicação do próprio ministro, a Polícia Federal alardeia hoje que os dólares encontrados entraram legalmente no país.
Ora, isso só tem um significado: é que esses dólares não foram encontrados nas cuecas de ninguém, como no caso do mensalão. Mostra, no máximo, avanço em matéria de transporte de valores por parte do crime desorganizado que se instalou confortavelmente no poder.
Contudo, não dá origem legal ao dinheiro apreendido. Nem esta é a questão principal. Seja qual for a resposta, não atenua a gravidade do escândalo do dossiê em si. A origem do dinheiro apenas acrescentaria, se ilícita a fonte ou a origem, mais um crime aos muitos já praticados pelos envolvidos.
O sr. Márcio Thomaz Bastos de novo exibe seu exuberante talento de advogado criminalista.
Como ministro Justiça, nem tanto...
quarta-feira, 27 de setembro de 2006
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