sexta-feira, 6 de agosto de 2010

A extensão da tragédia – Jayme Copstein

Agostinho Wolfart aprofundou a análise das estatísticas do trânsito no Brasil ("Que mal tem?" – coluna de 27 de julho) e nos remeteu uma comparação para ressaltar a extensão da tragédia brasileira:

"Aproveitando os dados de teu comentário: 42 mil mortos por ano em acidentes de trânsito. Quando cai um avião com quase 200 pessoas no Brasil, é notícia por muitos meses e até anos. Se dividirmos 42 mil mortos por 200, que é a capacidade média de um avião, chegaremos ao impressionante número de 200. Isto mesmo. O número de mortos no nosso trânsito equivale a queda de 200 aviões lotados, por ano no Brasil. Sem contar os mutilados para o resto da vida.

E a responsabilidade, a quem atribuir? Grande parte aos legisladores, que se preocupam em discutir bobagens, como a que estão debatendo agora, se o proprietário de dois boxes de um edifício pode ou não alugar um deles. Leis mais severas tem que ser votadas. E cumpridas. O que houve com a "Lei Seca"? Falta aplicá-la. Os que são contra ela, o são até que um familiar seu seja morto por um bêbado ao volante. Não há fiscalização, pois o efetivo da PRF é irrisório.

E as estradas esburacadas que também são causa de acidentes? Não é de admirar que nenhum governador do RS tenha sido reeleito: basta olhar a vergonha que é a RS 118 entre Sapucaia do Sul e Gravataí. É o legítimo atestado de incompetência dos últimos governadores. É um cartaz na testa dizendo: "eu não respeito o cidadão deste estado e não estou nem aí para sua vida".

E a nível federal as coisas estão no mesmo pé. Depois de oito anos de governo Lula irá inaugurar a inacabada duplicação da BR 101 até Palhoça. Qual é o problema se continuar a morrer gente por causa disto!?"

Os sósias de Hitler

Sobre "Os sósias de Hitler" (coluna de anteontem), Heitor de Paola corrige: "A segurança pessoal de Hitler não era feita pela Gestapo, na qual ele também não confiava, e sim pelas SS, fundadas para fazer a segurança dos membros do NSDAP. (Mais tarde aumentaram seu poderio e alcance até constituírem Panzer Divisionen, as Waffen SS). Foi criado um regimento especial, só para ele: o Leibstandarte Adolf Hitler". Heitor de Paola tem toda a razão. Fica corrigido, com os nossos agradecimentos.

O jornalista Ney Gastal nos passa a transcrição de outra fábula que descreve Adolf Hitler no Maranhão, já em agosto de 1944, nove meses antes da queda do III Reich. Será publicada na semana que vem, quando for retomado o assunto que despertou bastante interesse entre os leitores.

O enterro

O jornalista Marcello Vernet de Beltrand, citado na coluna "O metro da corrupção" (1º de julho) acrescenta sobre o hilariante caso da nota do Sindicato dos Contabilistas, publicada como sendo do Sindicato dos Contrabandistas: "Tudo o que contei é rigorosamente verdade, mas esqueci de um detalhe, digamos, tragicômico. Ocorre que a tal nota que gerou toda a confusão era, na verdade, convite de enterro publicado pelo Sindicato dos Contabilistas".

Uma palavra a mais

Uma palavra a mais ("fora") no texto de ontem ("Lula e seus companheiros") deixou um pouco confuso o parágrafo que dizia: "Sakineh foi julgada novamente, desta vez por adultério. Não há provas fora de sua participação, fora do alegado pelo assassino, tanto assim que dois juízes a absolveram". É só excluir o primeiro fora para se entender que não há provas de sua participação, fora do alegado pelo assassino.

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