terça-feira, 17 de agosto de 2010

O novo alçapão de Lula – Jayme Copstein

Desde que o senhor Luiz Inácio Lula da Silva assumiu a presidência da República, seu partido tenta forçar o país para dentro de alçapões, no fundo dos quais esconde uma ditadura ao estilo cubano. .

Primeiro foi aquele ridículo Conselho Nacional de Jornalismo que, a pretexto de "controlar excessos" da imprensa, revogava cláusula pétrea da Constituição e impunha mordaça à liberdade de expressão. A mais recente novidade é a mudança proposta para a legislação dos direitos autorais, confiscando do autor, único e legítimo dono, a propriedade da obra criativa (artística, literária, científica). .

Fica difícil identificar o mentor ou os mentores da malandragem porque, como no caso dos dossiês contra adversários, todos se fingem de mortos. Convocam-se reuniões para o debate "democrático", às quais comparecem militantes treinados em intimidar, para no fim "tirar" cartas cuja texto, já redigido de antemão, pretende dar legitimidade à decisão imposta.

São táticas por demais conhecidas e que já não mais conseguem dissimular que Lula e seus correligionários pretendem transferir ao aiatolá eventual na Presidência da República, o poder de administrar o uso da obra criativa, alegadamente "quando o autor ou titular do direito de reprodução, de forma não razoável, recusar ou criar obstáculos ao licenciamento".

A democratização do acesso à cultura, como o projeto sugere na superfície, esconde em suas dobras a liberdade de deturpar a obra criada. Não é dinheiro que se pretende negar ao criador da obra, pois esse o Governo do Sr. Luiz Inácio Lula da Silva distribui generosamente para correligionários, aliados, amigos e favorecedores no país e no estrangeiro. Da mesma maneira que os aiatolás do Irã fraudam o Corão para legitimar seu sadismo contra uma mulher indefesa, a obra do autor pode ser "licenciada" até para dar aval a teses a que ele se opõe com toda a sua convicção.

Mural

Jovita M. pergunta o que é "maganão", palavra usada na coluna de ontem e por ela considerada "difícil". É pouco usada, mas difícil não é, no sentido que a leitora levantando. Aprendi "maganão" com os portugueses na minha bem amada cidade do Rio Grande, onde nasci e me criei. Eles assim chamavam os brincalhões que não levam nada a sério, vivem contando anedotas e pregando peças nos outros. Sem considerar o milhão de novas máquinas, cuja engenharia ainda não foi montada, será que não é piada exigir que as empresas deste país acrescentem à papelorreia a que estão obrigadas para cumprir as obrigações fiscais, uma montanha de mais 20 milhões de papeluchos por dia, para compensar a fiscalização que a Pasta do Ministro Carlos Lupi não faz? Apenas acrescento: lá em Rio Grande também diziam "manganão". Não sei explicar a intromissão de um "n" na primeira sílaba.

A impunidade

Victor Zé-Povinho externa sua indignação contra o projeto do novo Código de Processo Penal, que amplifica e aprofunda a impunidade no Brasil: "Até quando a impunidade será a única regra séria neste país lulista? Até quando armações como esta do novo Código de Processo Penal serão adotadas para alimentar a procura de advogados para usar as brechas criadas por juristas e politicalhas que depois vão voltar a usar "liminares" para se reelegerem e, assim, gozarem das benesses da imunidade ou impunidades parlamentares. Isto é novo ou velho como as raposas do poder e do dinheiro público?! Até quando?"

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