O jornalista Ney Gastal, nítida vocação para irritantes instigâncias, remete mensagem convidando a quem interessar possa ao difícil exercício de pensar. É o contraponto a uma convocação para o clássico “abaixo-assinado”, devidamente sacramentado com bordão extraído do Hino Rio Grandense, protestando contra a sugerida fusão da Cultura ao Turismo, em uma única secretaria estadual no Rio Grande do Sul.
O “abaixo-assinado” foi redigido por quem, como assinala o Ney Gastal, é incapaz de juntar duas idéias, menos ainda colocar pontos e vírgulas em seus devidos lugares. Serve apenas para mostrar como o debate está mal colocado.
Gastal põe a questão no devido lugar, ao escrever textualmente: “Sou muito cético sobre ser a existência de uma Secretaria específica – ou não – que fará a diferença no panorama cultural. Ainda lembro dos tempos da SEC e da SMEC, onde Paulo Amorim e (Frederico) Lamacchia faziam chover com verbas limitadas, mas enorme criatividade”.
Conclui: “De modo geral, não consigo me livrar da impressão que a criação das secretarias específicas (na época aspiração de todos nós) resultou apenas em baitas cabidões de emprego e agremiações de amigos da patota no poder. E no evidente sumiço da inventividade”.
Digamos que, apesar das suas exigências, Ney Gastal não é muito inventivo, afora a coragem de dizer. Sua opinião é a mesma de uma multidão calada que gostaria de ver as instituições públicas, sejam quais forem, pouco importa se juntas ou separadas, de volta ao papel para que foram criadas.
quarta-feira, 6 de dezembro de 2006
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