Um filme americano que sequer nos Estádios Unidos tem conseguido crítica favorável, despertou amargos protestos aqui no Brasil. Eu até me dispunha a comentá-lo com indignada solidariedade, não tivesse perdido a razão para fazê-lo diante da notícia do assalto sofrido pela presidente do Supremo Tribunal Federal.
A ministra Ellen Gracie e seu colega Gilmar Mendes vieram ao Rio de Janeiro participar de atividades oficiais. No trajeto do Aeroporto Tom Jobim para o hotel, foram atacados por bandidos que os deixaram a pé, levando o carro que os conduzia. Não se trata de ficção cinematográfica de quinta categoria, mas da descategorizada realidade brasileira, repetida diariamente, apenas com outros personagens menos importante do que uma das três maiores autoridades da República.
Desalentadora foi a explicação de um policial do Rio de Janeiro, atribuindo o assalto a falha da equipe de segurança do STF. Devia ter solicitado, segundo este policia, acompanhamento especial da Polícia Federal.
Ora, se nem mesmo a alta administração da República pode transitar pela Linha Vermelha, sem especiais cuidados da Polícia Federal, não se tem nada a reclamar de um filme que não passa de idiotice. Por deprimente que seja a sua história não conseguirá jamais ser pior que a realidade por nós vivida diariamente e estampada nos jornais, no rádio e na tevê.
sexta-feira, 8 de dezembro de 2006
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