quarta-feira, 6 de dezembro de 2006

Mistério da Anac - Jayme Copstein

Enfim, a Câmara de Deputados se sensibiliza para o caos em que mergulhou a aviação civil brasileira e ensaia a primeira providência: criação de uma comissão parlamentar externa para investigar os problemas do setor aéreo.
É bom que a Comissão concentre a atenção na Anac, a fantasiosa Agência Nacional de Aviação Civil, cuja responsabilidade na crise vai muito além da mera omissão ou incompetência de seu chefe, Milton Zuanazzi.
Há acusações muito sérias, de que a Anac concentra todos os seus esforços para dividir as linhas aéreas da Varig entre a Tam e a Gol. Trata-se de projeto da Casa Civil, ainda do tempo do deputado cassado José Dirceu, que estranhamente continua mexendo os cordéis no governo e também na própria Câmara Federal, onde se ocupa de reeleger o atual presidente Aldo Rebello.
Não se trata de acusação leviana. É suficiente pesquisar nos jornais a obsessão da Anac nesse sentido, rebelando-se contra quatro decisões judiciais que garantiram à nova Varig a manutenção das rotas que ela pudesse atender, para perceber-se que a Anac cuida do que não deve e descuida do que deve.

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