A governadora eleitas Yeda Crusius enfrenta, no preenchimento da Secretaria da Segurança, o seu grande problema. Ela deseja um técnico para liderar a Pasta, em um Estado cuja capital, apesar de ostentar invejável renda per capita, a maior do país, exibe também índices de criminalidade e violência, nada invejáveis mesmo para quem vive no conturbado Oriente Médio.
Neste contexto sócio-econômico é fácil deduzir-se que a pobreza e a miséria tem menos a ver com a delinqüência do que a desorganização, o espírito corporativista e a inércia de uma burocracia que impede a modernização e conseqüente eficiência do aparto da segurança pública.
Não se necessita de uma lupa similar ao telescópio espacial Hubbie, para catar as miudezas que infernizam a vida do porto-alegrense. Elas não estão a anos-luz de distância. É só olhar para uma das muitas insignificâncias como a área de habilitação de motoristas. O Centro de Formação de Condutores da Restinga, por exemplo, é alvo de reclamações de usuários mal atendidos, inclusive com dados bloqueados para impedi-los de buscar solução em outros centros mais eficientes. Afora o rei na barriga que se instalou no CFC da Restinga, esses usuários não conseguiram sequer que o Detran lhes ouvisse a reclamação.
A governadora Yeda Crusius tem razão em querer um técnico para a Segurança. Os políticos que por lá passaram, até agora, sem exceção, não conseguiram resolver sequer as quinquilharias. Parece que consideram apenas um lugar para arrecadar votos. Feito isso, o eleitor que se arranje.
quinta-feira, 14 de dezembro de 2006
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