Morreu Peter Drucker, considerado “pai da administração moderna” de empresas, conforme a medíocre definição dos jornais de hoje.
O bordão não expressa nem palidamente o talento desse austríaco naturalizado norte-americano, gênio no diagnóstico contemporâneo das transformações do mundo e profeta certeiro do que se desdobraria como conseqüência.
Desde o fim da Segunda Guerra Mundial até chegar ao antológico “Uma era de descontinuidade”, em 1969, Drucker alertava que ingressávamos em uma nova idade, após milênios de matérias-primas obtidas em bruto na natureza. Desde os fins do século 19, o homem sintetizava seus materiais nos laboratórios o que remetia aos museus métodos de produção e teorias econômicas.
O livro só chegou ao Brasil alguns anos depois. Não chamou a atenção dos nossos políticos e governantes que preferiram se fossilizar no tempo em que se amarrava cachorro com lingüiça, e o cachorro não comia a lingüiça.
O próprio Drucker alertava que os países desenvolvidos de hoje, incluindo-se aí a Rússia e o Japão, já o eram na entrada do século 20, por terem entendido a realidade, não por eventuais revoluções que guindaram esta ou aquela facção política ao poder.
terça-feira, 15 de novembro de 2005
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