sábado, 19 de novembro de 2005

Lá e cá - Jayme Copstein

O que aconteceu com aqueles juízes de futebol, aqui no Brasil, que aceitaram suborno de uma quadrilha de apostadores, para forçar e fraudar resultados de partidas?
Afora os clubes, que nada tinham a ver com a trampolinagem, os torcedores que pagaram ingresso também foram lesados. Alguém foi para a cadeia?
O assunto desapareceu da mídia. De vez em quando algum dirigente esportivo o traz de volta, não para exigir punições, mas para tentar obter alguma vantagenzinha para o seu clube, muito dentro daquele espírito malandro, esperto, responsável por toda a bagunça e corrupção que assola este país.
Agora, comparem: pouco dias depois do caso sabido aqui, estourou na Alemanha escândalo igual, envolvendo dois juízes alemães e um mafioso croata que os subornou. Já estão todos julgados. O croata e um dos juízes vão cumprir dois anos e onze meses de prisão – e pagando a “hospedagem” porque, lá, além do mais, cadeia não é de graça.
O segundo juiz e mais os irmãos do croata também receberam sentenças de prisão, mas foram beneficiados com liberdade condicional. Não é troca por cestinha básica. Um bebedeira é o suficiente para pô-los atrás da grades.
Esta é a diferença entre um país desenvolvido e um país que não é. O primeiro tem uma justiça severa e célere. O segundo, não tem.

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