A democracia brasileira chegou à hora da decisão e o seu destino nas mãos do Judiciário. O que vem por aí, se a imposição da ordem e da lei ou confrontos sangrentos desembocando em ditaduras boçais, dependerá da lucidez e também da coragem dos magistrados de encararem objetivamente a gravidade do momento.
O autodenominado Movimento de Libertação dos Sem-Terra cometeu crimes contra a ordem política e social, depredação de patrimônio público, desacato à autoridade, agressão com risco a vida de terceiros. Tudo agravado com premeditação, o que leva também ao crime de formação de quadrilha pelo número de pessoas envolvidas no planejamento da ação.
Não há porque tergiversar. Há imagens gravadas dos acontecimentos e há confissões expressas de premeditação, como a do engenheiro-civil Paulo Armando Del Castilho Andrade, aposentado do Banco do Brasil, cujo perfil nem remotamente se encaixa no de um agricultor sem-terras. Líder do MLST, afirmou a Zero Hora de hoje, que sim, que a invasão foi planejada.
Não há, também, porque levar na conta da motivação política já rendeu impunidade e polpudas indenizações e privilégios a sádicos assassinos. A democracia pode admitir todas as correntes de pensamento, menos as que pretendem e conspiram para sua destruição.
É por isso que o nazismo é proscrito na Alemanha. Nem por isso, a Alemanha deixa de ser uma democracia perfeita.
quarta-feira, 7 de junho de 2006
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