O presidente da Câmara, Aldo Rebello é uma figura melancólica no cenário político brasileiro. Oriundo das correntes totalitárias de esquerda, cujo projeto naufragou em todos os países onde foi tentado, tem convivência difícil com a democracia. Não que conspire contra a liberdade, porque nem sabe o que vai fazer com ela. Nasceu para ser mandado.
Desde que o país voltou à normalidade democrática, a contribuição mais ambiciosa de Rebelo foi um desenxabido projeto, banindo os estrangeirismos da língua portuguesa. Era uma irrealidade xiita, que desconsiderava palavras nascidas no idioma dos criadores de nova tecnologia. A maior parte delas não há como traduzir.
Depois disso, Rebelo recolheu-se à insignificância. De lá foi retirado por José Dirceu, que necessitava na Câmara Federal de um presidente dócil, para encaminhar o “acordão” e absolver a corriola.
Rebelo foi bom menino, naquelas sessões-comédia em que a bem pensada falta de quorum garantiu impunidade aos mensalistas. Só faltou a parte final, a da anistia ao próprio José Dirceu – Roberto Jéferson na carona – provavelmente por temor à opinião pública, cuja reação foi bem além do previsto. Punha em risco a reeleição de Lula. Por isso ficou para depois.
Pois Aldo Rebelo, diante do estupidez praticada pelo MLST, mostra-se apenas perplexo, conectado em uma chorosa lamentação – como Bruno Maranhão, seu amigo do peito, por ele recebido sempre que desejasse e até sem hora marcada, pôde fazer isso?
A resposta é simples: é tudo pela causa, companheiro. Bons meninos só servem para isso.
sexta-feira, 9 de junho de 2006
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