O sr. Luiz Inácio Lula da Silva costuma citar, com exaustiva insistência, feitos de seu governo, jamais praticados, ocorridos ou alcançados por outro governo na História do Brasil. Este complexo de inventor da roda é até desculpável, porque sua falta de escolaridade lhe escamoteia o conhecimento da história do país que ele governa.
Em um ponto, entretanto, ele terá razão e por isso será perpetuado em nossa crônica política: é o primeiro presidente da República a ser chamado publicamente de bêbado por um jogador de futebol, que afirmou também ter muitas outras perguntas a lhe fazer.
E pára por aí o pioneirismo do sr. Luiz Inácio Lula da Silva. Não foi o primeiro presidente da República a envolver-se nos bastidores da seleção de futebol. A primazia é do sr. Garrastazu Médici, o general-comandante do terceiro governo militar, que pediu a escalação do sr. Dadá Maravilha. Talvez Médici não tenha levado o mesmo troco de algum atacante,irritado por ter de ceder seu lugar ao preferido do “chefe”, porque naquele tempo a imprensa não teria como publicar o desabafo. O desabusado e os repórteres iriam todos para a cadeia.
Este ponto deveria ser explicado ao sr. Ronaldo Nazário, quando ele atribui à imprensa a “desinformação” que levou Lula – o tratamento íntimo é do próprio Ronaldo – a acreditar em boatos de uma crescente barriga. Ao que se sabe, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lê pouco dos jornais, mas assiste muito da televisão. Com a imagem viva e colorida não necessita das tronitroâncias do sr. Galvão Bueno, para se saber se um atleta está gordo ou magro.
A tanto quanto se sabe, e se lê, e se ouve, e se vê, o sr. Ronaldo Nazário tem tratamento privilegiado por parte da imprensa que o chama de Ronaldo Fenômeno. Falar que está se tornando mais volumoso do que o desejável, só denota a preocupação de alertá-lo que a obesidade pode terminar com a sua carreira.
É coisa de amigo. Prestasse ele atenção a esses pormenores, com toda a certeza não seria tão ingrato com os jornalistas.
sexta-feira, 9 de junho de 2006
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De fato, você tem razão. Comparando com governos anteriores, não houve nenhum batendo boca com ninguém.
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