Personagem também importante da arte de salvar o Brasil, é Luiz Carlos Bresser Pereira, ex-ministro da Fazenda nos tempos inglórios de Zé Sarney presidente. Faz parceria com João Sayad, coleguinha naquele governo de triste memória, e Delfim Neto, guru da economia no regime militar.
A “troica” freqüenta com assiduidade as páginas da Folha de São Paulo, com receitas infalíveis para sermos felizes para sempre. Só não consegue resolver um pequeno e intrigante mistério: por que não salvaram o Brasil quando tiveram a faca e o queijo na mão.
Bresser Pereira agora defende o modelo argentino, derramando-se em elogios ao populismo de Kirchner. Compara os 8,9 do crescimento argentino com os modestos 2,9 por cento do Brasil, reconhecendo, entretanto, que nossa inflação é de modestos 3 por cento, enquanto a de lá é de 11 por cento, assim mesmo a custa de controle oficial de preços. Simploriamente conclui que, quando este problema estiver resolvido, o Rio da Prata será um caudal de leite e mel.
Ora viva! Bresser Pereira, porém, não diz como se resolve o probleminha da inflação contida com o controle de preços. Nos tempos de Zé Sarney, perpetuou sua visão de estadista uma frase sobre os números escamoteados: o gato comeu.
Agora, esconde também, em sua receita mágica, que a economia argentina não faliu nesse meio tempo, porque Hugo Chaves comprou os títulos da respectiva dívida externa com a receita extra do óleo. Quando os preços do combustível desabarem, como já começou a acontecer, o rugido do suposto tigre latino-americano soará como miado de gato.
Muito afinado, aliás, com a batuta do maestro Bresser Pereira.
Comentários:
Mister X: As estações de rádio e tv deveriam ter detectores de mentiras nas entrevistas destas "figurinhas" e políticos. O telespectador veria em tempo real, simultâneamente ao conteúdo da entrevista, a avaliação do detector de mentiras em forma de gráfico, no vídeo.
segunda-feira, 6 de novembro de 2006
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