terça-feira, 28 de abril de 2009

Bom senso vale para gripe = Jayme Copstein

Bom senso e aquele tanto de civilidade que se perdeu nos últimos anos é tudo de que se precisa, neste momento, para enfrentar os riscos de propagação da gripe suína, casos já constatados no México, Estados Unidos, Canadá e Espanha.

O bom senso é necessário para não se entrar em pânico e tão somente prestar a atenção no que dizem as autoridades sanitárias, de cuja competência estamos muito servidos no Rio Grande do Sul, com a equipe do médico Osmar Terra na Secretaria Estadual da Saúde. A civilidade ensina a tapar boca e nariz com lenço descartável quando se espirra e depois, a lavar as mãos antes de apertar as dos nossos semelhantes, para não contaminá-los com os nossos vírus.

Gripe, seja qual for o vírus que a cause, tem sintomas bem definidos e podem ser detectados por qualquer pessoa – febre alta (dá arrepio de frio), garganta inflamada, tosse, sensação de fadiga e dores no corpo no corpo.

O que vai definir o tipo de gripe, se é comum, avícola ou suína, é a identificação do vírus no exame de sangue. Se não houver contato recente com quem tenha viajado às áreas de risco, o mais provável é que se trate de gripe comum, mas só o médico é que tem conhecimento para diagnosticar.

Aí entra de novo o bom senso porque o bebum do bodega da esquina, que receita cachaça com mel de pau até para câncer, não sabe que não é o vírus da gripe que mata, mas a reação exagerada do organismo de alguns doentes. Como se alguém para se defender de uma assombração que não vê, disparasse um revólver para todos os lados, inclusive contra si mesmo.

Tudo isso acontece porque não há doenças e sim doentes. Cada organismo reage de maneira diversa diante da mesmo germe. È por isso que o médico é indispensável na avaliação do quadro, seja para recomendar apenas líquidos e repouso, ou receitar medicamentos adequados ou até requerer a hospitalização, se for o caso – mas só ele é que tem condições dizer o que deve ser feito.

O que se depreende do noticiário, em primeiro lugar, é que as autoridades federais estão agindo com presteza e correção, monitorando nos aeroportos o desembarque de passageiros que tenham estado nas áreas de risco, notadamente no México onde foi registrado número significativo de casos e também de mortes. O pessoal da ANVISA vai para reter e observar os que eventualmente apresentem sintomas de gripe – ainda não aconteceu nenhum caso – e.está anotando o destino dos demais, para alcançá-los caso a doença venha a se manifestar.

Nada de pânico, portanto. O que se pode acrescentar é a necessidade da vacina antigripal e também de algumas precauções, como evitar locais com aglomeração de pessoas, contato direto com pessoas doentes e não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal.

E mais aquele conselho da vovó que dizia, com muita razão, que a gripe pega carona no frio e na umidade e entra no corpo pela cabeça, peito e pés. Abrigá-los ajuda também.

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