quarta-feira, 15 de abril de 2009

Os “estrangeiros” - Jayme Copstein

Leitores me escrevem preocupados com a notícia de que o Senado aprovou em primeiro turno o Projeto de Emenda Constitucional que aumenta o número de deputados federais, para permitir a representação de brasileiros residentes no exterior.

“Se já deixaram de vez o país, se querem ser estrangeiros, por que serem representados no Parlamento?”, me pergunta alguém. Outro quer saber o que esses deputados acrescentariam ao Congresso, já que não podem propor ou decidir nada fora do território nacional. E assim por diante.

Os leitores têm toda a razão de se mostrar indignados e até se poderia alinhar argumentos mais fortes, mas é tempestade em copo d’água. Apesar de aprovada por unanimidade no primeiro turno, deverá ser rejeitada por grande maioria no segundo turno de votação e ser sepultada.

A novidade saiu da cachola do senador Cristóvão Buarque, cujos neurônios há algum tempo entraram em greve. É dele, também, a sugestão de um plebiscito para decidir-se sobre o fechamento do Congresso.

A criação dos novos deputados passou na primeira votação para não trancar a pauta do Senado e permitir a aprovação de novas regras para o pagamento dos precatórios. Nessas circunstâncias, passaria até a revogação da Lei da Gravidade

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