Despercebida no noticiário – curiosamente não recebeu ênfase – uma resolução do Conselho de Direitos Humanos da ONU contra a difamação religiosa está despertando polêmica. Proposta pelo Paquistão, em nome da Organização da Conferência Islâmica e aprovada em 26 de março, por 23 votos contra 11 (houve 13 abstenções), a resolução expressa “profunda preocupação pela frequência da difamação das religiões”, mas só menciona o Islã entre elas.
A Igreja Católica reagiu quando a resolução foi publicada, com o arcebispo Silvano Tomasi, observador permanente vaticano na ONU em Genebra, afirmando, através da Rádio Vaticano que atualmente a comunidade cristã é a mais discriminada do mundo, particularmente no próprio Paquistão, proponente da resolução, onde a Lei de Blasfêmia é instrumento de perseguição religiosa e causa cada vez mais vítimas, condenado a morte ou prisão perpétua por “ofensas ao Alcorão”.
“Se falamos de lutae contra a difamação religiosa, o desafio consiste em encontrar um equilíbrio saudável, que harmonize a própria liberdade com o respeito dos sentimentos dos demais, e o caminho para conseguir este objetivo passa por aceitar os princípios fundamentais de liberdade, que estão inscritos nos tratados internacionais”, afirmou o arcebispo Tomasi.
terça-feira, 7 de abril de 2009
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