A briga que começa a se desdobrar no PMDB, para escolher o candidato à presidência da República, é o prólogo de um espetáculo, monótono de tão repetido: os conchavos que decidem quem será o próximo inquilino da caverna de Ali-Babá.
Ao que tudo indica, pelas manifestações de alguns caciques, três nomes serão considerados: o do governador Germano Rigotto, o do ex-governador Anthony Garotinho e o do Grande Corruptor, aquele que der mais nessas alianças que misturam água e azeite e fazem dos arenistas José Sarney e Delfim Neto democratas de carteirinha, e de Paulo Maluf, o eleitor mais devotado de Luiz Inácio Lula da Silva.
A considerarem-se declarações de caciques do calibre de Renan Calheiros, ele próprio ameaçando candidatar-se para espantar Rigotto e Garotinho, a convenção do PMDB vai escolher uma moeda de troca, tipo vale transporte.
Rigotto, não. As pesquisas de opinião, neste momento, o favorecem em uma reeleição ao governo do Rio Grande do Sul. A aquiescência dos pré-históricos caciques peemedebistas, de realizar a convenção em março, para evitar que renuncie em vão, indica que o querem disputando o Piratini.
Será Anthony Garotinho? Este vai acabar descobrindo uma verdade traumática: todo aquele arsenal de artimanhas, de efeito tão sedutor para os alegres eleitores cariocas, não passa de cantochão infantil em baile de cobras. Ele não tem perneiras sequer para ser a dama das contradanças.
quarta-feira, 25 de janeiro de 2006
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