O jeitinho de que tanto o brasileiro se orgulha é a chave da bagunça que assola o país. Está presente em cada minuto da nossa vida, desde a lata de tíner em um ônibus lotado à escolha do próximo ministro do Supremo Tribunal Federal.
O jeitinho vale para tudo. Para poupar alguns centavos de combustível, utilizando veículo mais apropriado no transporte do produto inflamável ou para transgredir a norma do cinto de segurança. Justifica a compra da peça mais barata, roubada do carro de alguém, o disco pirateado no camelô da esquina, o eletrônico contrabandeado do Paraguai. O que representa em mortes no trânsito, insegurança nas ruas, desemprego e miséria, não entra na conta.
O problema é que o jeitinho é como um câncer. Não poupa nenhum órgão do corpo. Quando um primeiro presidente da República estraçalhou a ética e deu jeito de nomear o amigo do peito, o parente chegado ou correligionário fiel para o Supremo Tribunal Federal, deu o primeiro canhonaço nesta verdadeira briga de bugios em que se transformou o preenchimento de vagas da mais alta corte da Nação.
quarta-feira, 11 de janeiro de 2006
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