terça-feira, 31 de janeiro de 2006

Ser ou não ser... otário! - Jayme Copstein

É de indignar a omissão e o desleixo do Procon do Rio Grande do Sul na fiscalização dos direitos do consumidor. Os grandes magazines anunciam preço à vista ou em várias prestações sem acréscimo nem juros, mas quando o cliente olha a nota de compra, os juros estão lá, escarrados.
Outro golpe é o da garantia absoluta – quebrou, trocou. Ou seja, recebe um aparelho novo. Quando isso acontece, ao consumidor é mostrada uma sigla misteriosa que corresponde a um seguro – só se tiver sido pago é que a garantia tem efeito. No momento da venda, porém, o balconista não informa sobre o prêmio do seguro, que equivale ao preço do próprio aparelho, ainda que também dividido em suavíssimas prestações.
Mas se o Procon não atua nesses casos gritantes, o que falar das malandragens de grandes redes de supermercados que misturam mercadorias de preços diversos, para enganar o consumidor? Certo da pechincha, ele só vai descobrir que o preço é maior quando chega na caixa. Alguns por timidez, outros por comodismo, não reclamam. Para que serve um Procon assim tão omisso e tão desleixado, como o do Rio Grande do Sul? Há muitas opiniões a respeito. Tem gente acreditando que serve de comitê eleitoral para ambiciosos de plantão. É de se duvidar. Só se o gaúcho é muito mais otário do que julgam os grandes magazines e as redes de supermercados.

2 comentários:

  1. Anônimo11:48 AM

    Você escreve muito bem, parabéns!
    sugiro-lhe dois blogs espectaculares que já adicionei aos meus favoritos:
    www.amar-ela.blogspot.com
    www.portugalalive.blogspot.com

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  2. A respeito das garantias, enviei esta carta pro jornal O Globo: "Pensei que comprando uma caixa de CD-R’s numa loja tradicional com nota fiscal, tudo como manda o figurino, teria mais segurança do que comprando um produto mais barato num camelódromo, sem nota. Enganei-me. A partir do terceiro CD do lote, não consigo gravar mais nada. A mensagem do Nero se repete: "Burn process failed". Levei os CDs às Lojas Americanas, pedindo que os examinassem e eventualmente (constatado o defeito) os trocassem. Afinal, o produto promete, na embalagem, garantia de um ano. A loja alegou que o prazo de troca deles é de um mês, e insinuou que eu é que devo ter feito algo errado (juro que não fiz; em quaisquer outros CDs que não aqueles consigo gravar direitinho). Liguei para o atendimento ao cliente do fabricante (EMTEC). Solicitaram vários dados, ficaram de telefonar de volta, voltei a contactá-los uma semana depois, já se passa mais de um mês e... nada. Se eu tivesse tempo de sobra e/ou o valor envolvido fosse mais alto eu iria pro Procom, estas coisas. Mas pelo menos gostaria que ficasse registrado que no Brasil COMPRAR CERTOS PRODUTOS COM GARANTIA NÃO GARANTE ABSOLUTAMENTE NADA."

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