Juristas estão entendendo mal a repulsa despertada pelo projeto, ora tramitando no Congresso, para revogar a chamada verticalização. Para o homem comum, vítima permanente de um processo eleitoral pervertido, cuja única utilidade é legitimar o poder da cleptocracia que infelicita este país, tanto faz como tanto fez.
Repugnante é a falta de cerimônia com que se mudam a toda hora as regras do jogo, para atender a interesses muito pessoais. É o “ser-feito-de-bobo” que enfurece as pessoas.
A verticalização não prevalecia até 1998. Foi sacada do bolso em 2002, para sustar rebeliões regionais. Agora está sendo curtida em água morna, à espera do “bicho que vai dar” nos conluios de Lula, Sarney, Calheiros e companhia ilimitada, para valer ou não valer em 2006.
Pior de tudo são os discursos empolados e grandiloqüentes dos caciques, para justificar a trapaça. Marco Maciel, senador por Pernambuco, fala em diferenças regionais tão arraigadas que impossibilitam a federalização das eleições. Ora, se essas diferenças existem – e de fato elas existem – então terminemos com outra trapaça, a do Brasil como república unitária, para que, no orçamento nacional, toque a parte do leão às oligarquias do Norte e ao Nordeste. Estruturar o país como uma república federativa seria altamente moralizador.
segunda-feira, 30 de janeiro de 2006
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