sexta-feira, 27 de janeiro de 2006

Começa o 2º ato - Jayme Copstein

Se alguém pensa que já viu tudo em matéria de safadeza na política brasileira, convença-se: não conseguiu sequer passar do prólogo. Já por duas vezes, em comentários anteriores, chamou-se a atenção para o acordo entre Roberto Jéferson e José Dirceu, cuja chave de ouro é a anistia votada pelo Congresso para devolvê-los imediatamente à vida pública.
Os interessados podem ler os dois textos – “Fim do primeiro ato” e “No reino do mensalão” – no blog:
www.copstein.blogspot.com
Quem confirma a denúncia, por atos, não por palavras, é José Dirceu, cuja atividade político-partidária, não cessou durante todo esse tempo. Há uma semana, manteve reunião sigilosa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para “trocar impressões sobre a campanha presidencial de 2006”. A informação está na coluna de Josias de Souza, na Folha de São Paulo de hoje.
Trocado em miúdos, José Dirceu foi dar suas ordens para a condução da campanha, que deve começar por algo de efeito, como a demissão de Henrique Meirelles da presidência do Banco Central. Paralelamente, Dirceu solicitou parecer a juristas, afirmando a legalidade da anistia a todos os cassados.

O projeto será apresentado como iniciativa popular, com um milhão de assinaturas, arrecadadas pelos fiéis soldados do MST.
Claro, com a concordância plena de Roberto Jeferson, que disputará as eleições, posando de Madalena redimida pela denúncia do mensalão.

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