É estranho que a explosão de violência em São Paulo só tenha começado em ano eleitoral e que nela agora se incluam alvos políticos, como câmaras de vereadores e outras instituições da administração pública, completamente fora do interesse de meros bandidos. Algo pôde ser pressentido na ação de um dos protagonistas, mais entusiasmado com a causa e menos com a sua intenção, que pichou um “contra a opressão nos presídios”. É uma frase por demais rebuscada, absolutamente estranha ao linguajar no mundo do crime.
Mais clara, porém, foi a manifestação “espontânea”, de quem esperava condução para ir ao trabalho, em bairro afastado do centro de São Pauilo. Foi tentada por um pequeno grupo, logo dissolvido pela Polícia, com a gesticulação também por demais conhecida.
Afora São Paulo ser um Estado que pode decidir um pleito no primeiro turno, há a tentativa de exploração eleitoral em alguns discursos de cunho nitidamente paternalista. Se dá certo como tática, não se pode dizer. Que lembra máfiosos vendendo proteção em filmes de gângster, isso lembra.
A Máfia, porém, cumpria suas promessas enquanto lhe pagavam. Nem todos honram tanto a palavra empenhada.
quinta-feira, 13 de julho de 2006
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