A Justiça do Rio Grande foi exemplar ao julgar o atropelamento de uma senhora no centro de Cachoeira do Sul, em 2001, por um menor de 14 anos, que dirigia o carro da família. A 3ª Câmara do Tribunal de Justiça do Estado acaba de condenar os pais do menor a dois anos de detenção, para punir a sua irresponsabilidade. Como não é o caso de cadeia, a pena foi substituída pela prestação de serviços à comunidade e não por aquelas inócuas cestas básicas que além de estimular ainda barateavam a impunidade.
É isso que se chama tolerância zero. É o fim do “sabe com quem está falando”, e do gente de ”boa família”. Pessoas de bem não entregam um automóvel a um menino de 14 anos para mostrar que ele “ já é um homem”.
O que leva a outra reflexão: se em contraposição alguns juízes não estimulassem a impunidade de motoristas imprudentes, criando dificuldades na sua prevenção através das multas e punições previstas pelo Código Nacional de Trânsito, muitas vidas poderiam ser poupadas, inclusive a da própria a turma do “sabe com quem está falando” e das “pessoas de bem”.
Só o que falta agora é a notícia de que o cumprimento desta sentença seja fiscalizado com rigor para que o exemplo não se perca nas poucas linhas deste comentário.
quinta-feira, 20 de julho de 2006
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