Evitar a publicidade seria mais conveniente aos interesses do menino, cuja guarda é disputada pelo pai norte-americano e a família da mãe brasileira, já falecida. Mais cedo ou mais tarde a criança acabará se descobrindo personagem de um drama em que, sob o pretexto de exercício de amor, adultos exerceram sua capacidade de odiar.
O caso em nada difere de muitos outros que já transitaram pelas páginas dos jornais em vários países. O mais rumoroso foi protagonizado por um menino cubano, cuja mãe, também separada do pai, vivia nos Estados Unidos e lá faleceu. Os tios maternos também pretenderam cassar a guarda do pai que ficara em Cuba.
A notícia foi estampada nos jornais de todo o mundo. Engajou-se na briga quem nada tinha ver com peixe, apenas por ser “fidelista” ou “antifidelista”. No meio do tiroteio, a criança. Por fim, a decisão correta da justiça norte-americana: nada havendo de objetivo em desabono à conduta do pai, a ele cabia a guarda do filho. O que, aliás, foi comemorado em Havana como mais uma vitória sobre o imperialismo norte-americano etc. etc. etc.
Não há diferença entre os dois casos, afora o ingrediente politicamente correto não ser o tempero da discussão. Daí porque fica difícil entender o que a secretária de Estado Hilary Clinton e o chanceler brasileiro Celso Amorim tinham para conversar a respeito, conforme também foi noticiado pelos jornais. Será que os dois nada mais têm o que fazer, para andar metendo o bedelho onde só compete à Justiça decidir?
quarta-feira, 4 de março de 2009
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